sexta-feira, 29 de junho de 2012


Claude Henri de Rouvroy , Conde de Saint Simon, (Paris , 17 de outubro de 1760 – Paris, 19 de maio de 1825), foi um filósofo e economista francês, um dos fundadores do socialismo moderno e teórico do socialismo utópico.
Propôs a criação de um novo regime político econômico pautado no progresso cientifico e industrial, em que todos os homens dividissem os mesmos interesses e recebessem adequadamente pelo seu trabalho.
Saint Simon é considerado um dos fundadores da sociologia, que estaria sendo sustentada por duas forças opostas: “orgânicas” (estáveis) e “críticos”mudam a história .Só a sociedade industrial poderia acabar com a crise que a França passava. Este autor marca a ruptura  com o antigo regime para Simon a política era agora a ciência  da produção  porém a política vê seu fim  com a  justiça  social.     
Após a morte de Saint Simon, formou um grupo fervoroso denominado Saint Simonista, do qual muitas pessoas influentes como Auguste Comte , Barthélemy Prosper Enfantim e Saint Amand Bazard participaram das condições de trabalho, que se responsabilizariam eles próprios, pela fiscalização da destinação desses recursos.
Idéias        
 Para este autor, Saint Simon, o avanço da ciência determinava a mudança político-social, além da moral e da religião. É considerado o precursor do Socialismo, pois, no futuro, a sociedade seria basicamente formada por cientistas e industriais. O pensamento Saint simoniano pode ser visto nas obras de 1807 a 1821, com o lema: "a cada um segundo sua capacidade, a cada capacidade segundo seu trabalho".
 Quando Saint Simon falou sobre a nova sociedade, imaginou uma imensa fábrica, na qual substituiria a exploração do homem pelo homem para uma administração coletiva. Assim, a propriedade privada não caberia mais nesse novo sistema industrial. Vale notar que existiria uma pequena desigualdade e a sociedade seria perfeita depois de reformar o Cristianismo. Ainda disse que o homem não é apenas algo passivo na História, pois sempre procura alterar o meio social no qual esta inserido.      
 A regra deve combinar com a estrutura para que a sociedade industrial se desenvolva. Saint-Simon ainda mantém a ideia de uma sociedade hierarquizada, por isso a desigualdade, pois no topo estariam os diretores da indústria e de produção, engenheiros, artistas e os cientistas; na parte de baixo estariam os trabalhadores responsáveis pela execução dos projetos feito pelos inventores e diretores. Com isso, acaba prevendo o grau máximo da capacidade de produção. Este foi o primeiro a perceber que o conflito de classes estava relacionado com a economia e que seria nas mãos dos trabalhadores que o futuro seria construído, mas guiados por alguém. 
  Para Saint Simon, o vínculo da sociedade deveria repousar sobre os ideais industriais, ou seja, sobre a organização mais favorável a indústria. Nas colônias emancipadas (se refere à América) a classe industrial cresceu e adquiriu poder político – poder que usa para não aceitar mais um governo que atue fora dos limites impostos por ela. Saint-Simon acredita que a humanidade caminha em direção ao progresso, desde a emancipação das colônias, passando pela Reforma Protestante na Inglaterra, até as Revoluções Americana e Francesa. Ocorre, portanto, uma revolução geral, de todos os seres humanos, nações e sociedade, em direção à sua melhora. Nessa sociedade evoluída, o governo não “governaria” os homens, mas apenas garantiria as condições para o exercício dos trabalhos; não disporia de muitos recursos, pois recursos escassos são suficientes para sua empresa; não recolheria impostos, pois seus fundos seriam providos por doações voluntárias daqueles que se interessam pela manutenção das condições de trabalho (todos os trabalhadores, a sociedade em geral), que se responsabilizariam, eles próprios, pela fiscalização da destinação desses recursos.
Saint Simon considera que os homens que se sustentam por meio da indústria tem uma necessidade básica: a liberdade. Por essa liberdade, Saint-Simon designa o desejo desses homens de não trabalharem, e de não serem atrapalhados quando desfrutarem do que tenham produzido. Os homens somente são capazes de vencer essa “preguiça” para satisfazem a seus desejos e prazeres, e por esse motivo são impelidos a trabalhar. Há, porém, uma classe de homens que, embora não tenham vencido a preguiça e não trabalhem como os outros, desfrutam dos produtos e prazeres como se o tivessem feito. Há, porém, uma classe de homens que, embora não tenham vencido a preguiça e não trabalhem como os outros, desfrutam dos produtos e prazeres como se o tivessem feito. Saint-Simon chama a esses homens “ladrões”, sejam porque recebem ou porque tomam o que não lhes pertence.
Os trabalhadores precisam de uma estrutura que os livre dos riscos de não poderem desfrutar dos produtos pelos quais trabalharam, a estrutura responsável por realizar tal função é o governo. No entanto, quando o governo atua fora de sua função, torna-se autoritário e tirânico e, conseqüentemente, sua ação torna-se mais nociva à indústria do que sua omissão. O objetivo da empresa, do governo ideal, de toda a sociedade, é constituir e manter uma situação de segurança da forma mais barata possível. Simon afirma que é chegado o tempo, em que voltaram a ser discutidos os interesses gerais da sociedade.
Trata-se do objeto de estudo dos escritores políticos; dos desejos últimos da sociedade dos trabalhadores; e da matéria a ser administrada pelo governo. Essa relação seria simples, se os governantes se propusessem a ouvir e colocar em prática o que afirmam os escritores políticos e os industriais. Há, porém, uma contradição: o governante nem sempre tem interesse em administrar adequadamente os interesses gerais. Isto é, ao passo que os industriais desejam ser governados o menos possível (dentro dos limites de atuação do governo), os governantes desejam estender ao máximo seu poder. Como Saint Simon afirma, “assim os vemos ocuparem-se e empregarem toda sua influência não para descobrir a opinião, mas para formá-la; não para buscar pessoas que discutam, mas pessoas que aprovem e demonstrem; em uma palavra, não conselheiros, sim advogados”. Dessa forma, Saint Simon conclui que é preciso anular esse mediador inútil e potencialmente perigoso (governo), para estabelecer relações diretas entre industriais e escritores políticos, de forma a realizar o objetivo primordial da empresa governamental: o bem comum.
Em “Carta Oitava”, o pensador francês pergunta-se sobre a existência de um princípio geral da política. Faz sete afirmações que considera serem as mais gerais e comprovadas asserções da ciência política, a saber: a produção de coisas úteis é o único objetivo razoável a que sociedades políticas podem se propor:
1° o governo sempre prejudica a indústria quando atua fora de seus limites;
2°os produtores, por serem os únicos que pagam impostos, são os únicos homens úteis a sociedade e que, portanto, podem votar;
3° os homens nunca podem lutar entre si sem prejudicar a produção;
4° o desejo de subjugar outros povos é nocivo, pois diminui a produção;
5° a moral se aperfeiçoa de forma diretamente relacionada à melhora da indústria;
6° os homens devem se considerar uma sociedade de trabalhadores;
7° a partir de tais considerações, Simon conclui que a ciência política pode ser unicamente compreendida e sintetizada como a “ciência da produção”.
Simon estava adquirindo uma concepção anti-igualitária e antidemocrática, em se tratando do seu aspecto religioso, pois falava que todos os homens deveriam ter os mesmos princípios. Por isso, o "novo Cristianismo" substituiria o "Cristianismo degenerado", e teria como imperativo a justiça social, pois o núcleo deveria se consolidar no que seria a fraternidade do homem, resultando num mundo de homens livres.
Obras
No livro Cartas um habitante de Genebra aos seus contemporâneos (1802) A tese principal do seu livro gira em  torno da suposição de serem a ciência e a industria dois pilares que sustentam o progresso da humalidade.
Ele propõe que os cientistas tomem o lugar dos padres para conduzir a era moderna, a violencia da guerra napoleônica  leva a se abrigar no cristianismo e de uma base cristã constrir as bases para uma sociedade socialista. Previu a industrialização da Europa e sugere uma união para acabar com  as  guerras.
A principal obra de Simon e o novo cristialismo(1825). Nele declara que a religião tendia a melhorar a condição de vida dos mais necessitados.
Outras obras
Cartas de um habitante de Genebra aos seus contemporâneos (1802)
Um sonho (1803)
Introdução aos trabalhos cientificos do século XIX (1807)
Esboço de uma enciclopédia (1810)
Trabalho sobre a gravitação universal (1817)
Fisiologia social – memórias europeia (1817)
A industria ou discussões politicas, moraise filosoficas no interesse de todos os homens entregues aos industrial (1821)
O catecismo dos industriais (1823)
O novo cristianismo (1825)
Opiniões literarios, filosoficas e industriais (1825)

sábado, 31 de março de 2012

A vida de Claude Henri de Rouvroy



     Conde de Saint-Simon, Paris, (1760 - 1825) historiador e teórico político, socialista francês. Pertencente a uma família aristocrática caído em tempos difíceis, o conde de Saint-Simon era sobrinho-neto do duque Luís de Rouvroy, famoso por suas memórias, que descreveu a corte de Luís XIV.Por tradição familiar, Saint-Simon era para ser militar. Participou da Guerra da Independência para as colônias americanas durante a Revolução Francesa e se tornou um republicano. Nomeado para a presidência da Comuna de Paris em 1792, renunciou ao seu título e foi anexado à ideologia que se chama Claude Henri Bonhomme. A especulação, as acusações de bens domésticos e sua relação com Danton, que não eram vistos com bons olhos, deu-lhe na prisão em 1793, mas foi liberado em 1794.Durante o Diretório Saint-Simon teve uma posição confortável economicamente, sua casa era freqüentada por gente como Monge, Lagrange e Dupuytren. Ele viajou para a Alemanha, o Reino Unido e Suíça, onde publicou sua primeira obra: Carta de um residente em Genebra a seus contemporâneos (Lettres d'habitante un de Genève contemporains NSE, 1802 ou 1803), o que sugere que mais tarde descreveria como o seu capacidade teoria.Quebrado sua situação económica, começou a escrever numerosos textos científicos e filosóficos até que ele estabilizou. No jornal L'Organisateur disse: "Se a França perdeu o seu principal química, física, banqueiros, comerciantes, agricultores, ferreiros, etc, seria um corpo sem alma, ao passo que se você perder todos os homens considerados mais importantes no fato não trouxe mais dor do que o sentimental ", a declaração lhe valeu um julgamento.Em 1821, ele escreveu O sistema industrial (Du système industriel), e em 1825 seu livro mais importante, Nova Cristianismo (Nouveau Christianisme). Arruinado pela segunda vez, ele tentou o suicídio com uma pistola, mas errou o tiro e perdeu um olho. Auxiliado por um dos seus discípulos, Saint-Simon planeja criar uma nova revista, Le producteur, mas morreu antes de sua aparência.O pensamento de Saint-Simon deriva de sua reação ao derramamento de sangue da Revolução Francesa e do militarismo de Napoleão. Em suas teorias defendia a idéia de que a propriedade privada seria bom que cada indivíduo iria receber o seu salário de acordo com sua capacidade.Na sua opinião, o principal objectivo político do Estado tinha que ser o desenvolvimento da produção, de modo que seu governo deve ser formado por todos os tipos de trabalhadores industriais, os camponeses e latifundiários. Ele propôs que os cientistas tomam o lugar dos clérigos na ordem social, o papel da religião levaria para as classes mais baixas da sociedade em sua luta para melhorar suas condições de vida. Ele também proclamou a abolição dos direitos de herança ea formação de uma associação cuja função era impedir a guerra.Saint-Simon foi fortemente influenciado por Auguste Comte, como resultado de colaborações conjuntas e, embora seus caminhos acabaria distância, o positivismo de Comte é baseada principalmente na simonianos conceitos. Após sua morte, seus discípulos popularizou sua ideologia durante o Segundo Império. Sua precoce obtido o nome de Saint-simonismo, como se fosse quase uma religião, embora a associação acabaria por dissolver. A influência da ideologia de Saint-Simon no pensamento moderno foi profunda. Previu corretamente a industrialização futuro do mundo e confiou a solução da maioria dos problemas da sociedade em ciência e tecnologia.